mediateca
Durante quase trinta anos, um acervo audiovisual foi armazenado no Instituto do Cinema e Audiovisual em Bissau. A conservação negligenciada da coleção contribuiu para o seu estado de deterioração avançada. O material é o resultado de uma década de prática cinematográfica colectiva internacional que passou pela Guiné-Bissau como parte da luta do povo pela independência do colonialismo português (1963-1974) e da subsequente construção da nação. Em 2012, em colaboração com os autores destas imagens, os cineastas guineenses Sana na N’Hada, Flora Gomes e Suleimane Biai e com o apoio institucional do Arsenal – Instituto de Cinema e Vídeo Arte (Berlim), a artista Filipa César, o curador Tobias Hering e muitos outros embarcaram num projecto a longo prazo que visava a recuperação deste arquivo. O seu estado peculiar, suspenso entre a ruína e o trabalho em curso, activa questões sobre promessas passadas e as suas potencialidades contemporâneas.
